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Federação Maranhense de Tiro Esportivo
CNPJ 06.496.095/0001-62
CR 1365 / 8ª RM
10/12/2019

Tributo a Um Esportista - FMTE Homenageia Abilio Francisco de Lima Filho

Em uma série de atos em prol da memória de Abilio Francisco de Lima Filho, recém falecido em nossa capital, o homem e esportista responsável pela fundação da Federação de Tiro ao Alvo do Maranhão, em 1975, e atual Federação Maranhense de Tiro Esportivo, a FMTE publica aqui um relato escrito por Manoel Octávio de Sousa Soares, companheiro, esportista do tiro, muito próximo a Abílio e que conviveu de perto e vivenciou todo o processo de criação da Federação.

Por Manoel Octávio de Sousa Soares:


‘TRIBUTO A UM ESPORTISTA‘

‘Nos meados da década de 60 do século XX, um empresário do ramo de vendas e representações estabelecido na então Praia Grande, hoje Centro Histórico, Abílio Francisco Lima Filho, sócio da firma Lima Farias & Cia. empenhou-se a fundo para reunir um grupo de pessoas que se interessavam por armas de fogo, com a intenção de criar uma entidade que proporcionasse a prática do tiro ao alvo.

Para alcançar esse objetivo o Abílio, como era chamado pelos seus amigos, não mediu esforços para formar uma boa equipe de desportistas e um local para construir um estande. Era uma iniciativa pioneira, logo acolhida pelo Grêmio Lítero Recreativo Português, no bairro do Anil nesta cidade.

Essa nova atividade, que tinha caráter meramente esportivo, atraiu algumas pessoas, possibilitando assim a formação de equipes e consequentemente de torneios.

A associação cresceu, já que foi bem aceita, contando na sua equipe principal os seguintes atletas:

Abílio Francisco Lima Filho;
Sergio Domingues Moreira;
Murilo Sarney;
Carlos Alberto Braga Diniz;
Manuel Octávio de Sousa Soares;
Leonílio Rodrigues;
Alberto José Tavares Vieira da Silva.

Ante esse êxito Abílio Francisco Lima Filho, nos anos 70 do século XX, realizou uma assembleia que resultou na fundação da Federação Maranhense de Tiro ao Alvo - FMTA, em 01/06/1975, e assim iniciou uma longa e exaustiva luta para vencer a burocracia que permitisse a regularização da FMTA.

Não obstante o apoio do Coronel Hugo de Sá Campelo, presidente da Confederação Brasileira de Tiro ao Alvo, Abílio que ao mesmo tempo tratava de assuntos de sua firma era ainda responsável pela escrituração da contabilidade até então feita com lançamento em grandes livros, já que naquela época não haviam os computadores de hoje. Mas isso não o desanimou, ao contrário, fez com que ele se empenhasse com bastante dedicação vencendo todos os óbices.

Quando não podia datilografar formulários e requerimentos, pedia aos amigos que o ajudassem. Além disso, muitas das despesas para custear a Federação eram pagas de seu próprio bolso. Por último, surgiu a necessidade de filiar a nossa Federação à Confederação Brasileira de Tiro ao Alvo, para que pudéssemos participar de torneios estaduais e federais. Naquela época, a legislação em vigor exigia que cada Federação contasse com no mínimo três clubes filiados, entretanto a nossa contava apenas com o Lítero e o Jaguarema.

Mais uma vez Abílio mostrou sua capacidade em perseguir e conseguir êxito na busca de seus objetivos, e dessa forma ele fundou o Clube de Atiradores do Maranhão – CLAM, possibilitando o registro da Federação Maranhense na Confederação Brasileira de Tiro ao Alvo.

Abílio Francisco Lima Filho foi o primeiro presidente da Federação e do CLAM, tendo como vice-presidente Alberto José Tavares Vieira da Silva, e como diretor Carlos Alberto Braga Diniz e secretário Manuel Octávio de Sousa Soares.

Durante as suas diversas gestões à frente dessas entidades esportivas ele conseguiu algo inédito, como a importação de armas destinadas à prática de tiro esportivo, armas essas que são muito diferentes em mecanismo e desenho das armas de defesa pessoal ou de serviços, e com as armas vieram as munições de alta tecnologia.

Com o passar dos anos, Abílio conseguiu a concessão de parte do terreno pertencente ao Clube Recreativo Jaguarema onde, com o auxílio da Confederação Brasileira de Tiro ao Alvo, do Comitê Olímpico Brasileiro e das contribuições dos atletas de tiro, construiu um estande olímpico para provas de armas curtas e carabinas calibre .22 LR.

Abílio foi por duas vezes aos Estados Unidos fazer o que chamamos de “Clínica de Tiro”, no Fort Benning, do Exército Americano, no estado americano da Georgia, onde eram treinados atiradores esportivos de diversos países.

Na década de oitenta, Abílio diminuiu sua frequência nas provas de tiro esportivo e o estande foi abandonado com a decadência do Clube Recreativo Jaguarema.

A Federação, com isso, passou por algumas dificuldades e somente no presente século readquiriu seu antigo prestígio e passa a denominar-se Federação Maranhense de Tiro Esportivo – FMTE.

Essas sucintas notas são feitas para lembrar a luta de um dos grandes atiradores do Maranhão, Sr. Abílio Francisco Lima Filho, falecido recentemente nesta capital.

Dessa forma, todos os membros da Federação Maranhense, por meio do seu presidente Wissan Maalouf, prestam sua homenagem ao seu criador.‘
fonte: FMTE
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